O curso de bacharelado em Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) é uma formação recente, mas já tem muita história para compartilhar. A graduação teve autorização de funcionamento em sessão do Conselho Universitário de 20 de julho de 2007 e, em 2008, foi realizado o vestibular com o ingresso da primeira turma. Em meados de 2015, um grupo de seus professores iniciou a discussão e os estudos necessários para elaborar o projeto de criação do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio. No final de fevereiro de 2016, iniciou a tramitação na Universidade do processo para oferta do Mestrado Acadêmico em Museologia e Patrimônio, que, uma vez aprovado em maio de 2016, foi enviado à CAPES, que, em janeiro de 2017, o credenciou no âmbito do sistema nacional de pós-graduação.

Em 2017 discentes, docentes, egressos e técnicos-administrativos iniciaram um debate sobre os dez anos da graduação, que ocorreria no próximo ano, e possíveis atividades de curta, média e longa duração para celebrar a data e refletir acerca dos itinerários percorridos, bem como futuras estratégias de ação. Nesse contexto foi identificado que indícios do curso não estavam sendo preservados e que estes se caracterizariam como um acervo vinculado à história da Museologia brasileira.

A partir desse diagnóstico foi desenvolvido o programa de extensão Museologia na UFRGS: trajetórias e memórias, que tem por objetivo geral preservar as evidências materiais e as memórias do ensino em Museologia na UFRGS. Para alcançá-lo pretendemos recuperar os vestígios vinculados à formação; identificar os diferentes agentes que fizeram e fazem parte dessa trajetória; preservar os diferentes registros que evocam memórias; e sociabilizar a história da formação em Museologia nessa universidade.

Em 2022 foi elaborado o projeto de pesquisa Observatório Museologia/UFRGS: trajetórias e memórias a fim de investigar a participação de agentes que atuaram/atuam na formação em Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – discentes, docentes, egressos e corpo técnico administrativo, bem como o impacto de suas contribuições em prol da legitimação e difusão da Museologia e dos museus em nível regional, nacional e internacional. Tendo por desafio mapear relações possíveis de serem evocadas em evidências produzidas no cotidiano da formação em Museologia na UFRGS, cabe por meio dessa proposta de pesquisa organizar a memória documentária e problematizá-la enquanto fontes de informação, produzindo novas fontes, conhecimentos e panoramas do ensino em Museologia no Brasil. Pretende-se, assim, construir diferentes frentes de pesquisas de avaliação, a fim de obter informações específicas sobre a formação de habilidades e competências do profissional museólogo nessa Universidade.

Convidamos a todos a participarem ativamente da recuperação e construção dessa história, que é nossa. Percorram os vestígios, rememorem suas trajetórias acadêmicas, nos ajudem a mapear a Museologia da UFRGS!