Símbolo de várias gerações, o cinema de rua sai de cena: da era de ouro ficaram somente as lembranças. O Estado, por meio da censura, controlava a produção cultural. Estima-se que foram censurados mais de 500 filmes, 400 peças de teatro, 200 livros e milhares de músicas, entre 1968 e 1978. Na produção cinematográfica houve um controle e incentivo para temas que não remetessem ao contexto político-social da época.
Com a transformação das práticas de consumo, impulsionada pela era do “milagre econômico” durante os anos 1970, o comportamento dos fãs de cinema se modificou, muitos migraram para outras formas de consumo cultural, anunciando o início do declínio dos cinemas de rua. Nesse contexto a televisão se massificou, dando acesso a outras formas de sociabilidade e entretenimento.
Último cinema de rua remanescente em Porto Alegre, o Cine Theatro Capitólio faz parte dessa história.
![Fotografia em preto e branco retangular horizontal do Cine Theatro Capitólio. Ano :1935. O prédio de esquina tem o letreiro iluminado com a frase “ Voando para o rio” e na calçada em frente há pessoas que formam uma fila e outras caminhando. [Fim da descrição]](https://memoriamslufrgs.online/noescurinhodocinema/wp-content/uploads/2021/04/Capitolio-1935-1-1-1024x777.jpg)