No dia 1º de abril de 1964, Porto Alegre amanhece com os militares no poder, era o início do “Golpe civil-militar”. Ao alegarem que eram necessárias medidas drásticas para restaurar a ordem, as forças armadas dão início a um regime que duraria 21 anos, marcado pela censura e pela repressão a qualquer grupo que contrariasse as práticas do governo.
Na capital do Rio Grande do Sul, após ficar em cartaz no Cinema Rex do dia 16 a 27 de maio de 1967, o filme Terra em Transe de Glauber Rocha não foi bem recebido pela crítica. O crítico de cinema L.C. Menten analisou o filme em sua coluna no periódico Diário de Notícias. Conforme o seu ponto de vista:
A partir de 1967, a censura é reorganizada, tornando o cinema caso de polícia.
Terra em Transe, após curto período de exibição em Porto Alegre, sofre com o endurecimento da censura no mês seguinte, sendo avaliado pelo censor Manoel Felipe de Souza Leão Neto, um dos censores do SCDP, que analisou a película quando de sua submissão ao Serviço de Censura, em 67:
De 1967 a dezembro de 1968 ocorreu uma gradual militarização da Censura. A partir desse momento, junto aos julgamentos moralistas em documentos de censura existem também as restrições políticas.
A ditadura é “a verdadeira democracia”, qualquer discordância simboliza “atentado à segurança nacional”
A proibição de filmes se instala.