Dividindo espaços com os filmes estadunidenses, os cinemas da capital também exibiam os filmes nacionais conhecidos como “chanchadas”, muito populares entre os anos 1940 e 1950, que deram às novas classes sociais a possibilidade de vivenciarem momentos próximos às representações culturais da época e da sociedade da qual faziam parte.
A multidão se aglomerava para poder olhar de perto as celebridades que desfilaram em um jipe conversível e foram recebidos pelo então governador Leonel Brizola.
Primeira atriz negra a se apresentar no palco do Teatro Municipal do Rio de Janeiro na década de 1940. Neste período, era comum ver atores praticando blackface.
Participou do grupo Teatro Experimental do Negro – TEN, estudou teatro nos Estados Unidos durante a década de 1950. Retornou ao Brasil e alcançou a consagração no cinema, na TV e no teatro. Sem sua determinação e seu protagonismo na luta contra o racismo, o cenário hoje seria ainda pior para atrizes e atores negros brasileiros.
Em 1926, com apenas 11 anos, ingressou na “Companhia Negra de Revista”, composta exclusivamente por artistas negros. Em 1932 entrou para a “Companhia Jardel Jércolis”, um dos pioneiros do teatro de revista. Com esta companhia chegou ao Rio de Janeiro, realizando seu sonho de infância. Se tornou um grande ator brasileiro, além de comediante, cantor, produtor e compositor. Vivenciou diversas fases do cinema – das chanchadas ao cinema novo. Grande Otelo é grande referência tanto em sua época como nos dias de hoje no Brasil e no exterior.
Realização: Eugenio Barboza – Orson Soares é Doutorando em História pela UFRGS – Mestre em História pela UFRGS, especialista em História e cultura afro-brasileira pela UCAM (Universidade Cândido Mendes), graduado em História pela Unisinos. Membro fundador do Coletivo Fanon. Conheça e apoie em: Livro “A bondade do branco” – Catarse