Rebobinando

o cinema sai da rua e vai pra casa

Com a popularização da televisão, era perceptível a diferença na quantidade de público frequentador das salas de cinemas. As pornochanchadas foram durante um tempo uma alternativa para tentar reconquistar o público desses espaços. Mas sem resultados positivos, o cinema continuava sofrendo com o esvaziamento de suas salas. Em seguida, surgiu uma nova tecnologia que faria concorrência com o cinema: o videocassete.

Capa da Revista Veja, 1981

Imagem  vertical da capa da revista Veja de 1981. A capa é composta por imagens e textos.  Na parte superior está o nome  Veja, centralizado ,  a imagem de uma paisagem onde há edifícios e casas. Destaca-se uma televisão gigante com asas. De dentro dela sai um arco íris que tem na  extremidade um videocassete com asas sobre  céu azul e nuvens. Na parte inferior o texto “A invasão do vídeo-cassete”. [ Fim da descrição]
Acervo: Museu da Comunicação Hipólito José da Costa

VÍDEOCASSETE

Fotografia retangular  horizontal  de um videocassete com  uma fita no compartimento e  duas fitas   deitadas em cima do   aparelho, tem ao lado  uma fita em pé,  do filme ‘”Deu Pra Ti Anos 70”. [Fim da descrição]
Acervo: Cinemateca Capitólio
Mesmo diante dessa ameaça, os administradores de cinemas optaram por uma saída estratégica na tentativa de amenizar a crise: dividir os cinemas em várias salas. Como exemplo dessa realidade o Cine Scala foi para o mezanino do cinema Cacique e o Baltimore dividiu-se em Baltimore 1 e Baltimore 2, no intuito de reduzir custos.

Cine Cacique e Scala (década de 1980)

Fotografia retangular em preto e branco,   horizontal, dos cinemas Cacique e Scala. Década de 1980. Uma avenida com automóveis estacionados e muitos edifícios e  pessoas caminhando na calçada. Destacam-se letreiros dos cinemas Cacique e Scala. [ Fim da descrição]
Acervo: Cinemateca Capitólio

Cine Batimore 1 e 2 (Década de 1980)

Fotografia em preto e branco retangular,  horizontal do Cinema Baltimore 1 e 2. Década de 1980. Em primeiro plano  uma avenida com dois carros estacionados e  poucas pessoas caminhando na calçada. Ao fundo o prédio do Cinema Baltimore 1 e 2. [Fim da descrição]
Fonte: Edison Vara / Agência RBS
O videocassete inovou, ao proporcionar a comodidade de ver o “cinema” em casa, com a família e com os amigos. Com ele surge um novo espaço de consumo: as videolocadoras. Não seria exagero dizer que esse aparelho redefiniu a relação com o cinema, pois os preços da locação de filmes em formato VHS eram inferiores aos praticados na bilheteria dos cinemas.

O videocassete inovou, ao proporcionar a comodidade de ver o “cinema” em casa, com a família e com os amigos.

Sexta-feira era o dia de passar na locadora, procurar novos lançamentos, aproveitar promoções como “alugue três filmes e pague dois”, e ir para casa passar parte do final de semana assistindo a seus filmes favoritos. Na segunda-feira era hora de devolver os filmes, sem esquecer de rebobinar as fitas.

A Blockbuster Vídeo foi considerada a maior no seu mercado. Tinha lojas em todo mundo e chegou ao Brasil na década de 1990.

BLOCKBUSTER VIDEO

Imagem  retangular, horizontal  da fachada  da vídeo locadora Blockbuster Vídeo. Letreiro com fundo azul e letras amarelas. As  pessoas estão em movimento, saem e entram na loja.  No interior as prateleiras estão cheias de filmes e de pessoas caminhando. [Fim da descrição]
Fonte: buzzfeed.com
Para termos uma noção da proporção que tomou esse mercado, em 1987, o faturamento da bilheteria dos cinemas foi igual, pela primeira vez no Brasil, ao das vendas de fitas VHS: 90 milhões de dólares cada e em 1990, o vídeo ultrapassou mais que o dobro da bilheteria dos cinemas. O vídeo arrecadou 400 milhões de dólares, enquanto os cinemas faturaram 138 milhões.

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