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DVD de entrevistas e fotos da Exposição AGÔ – Presença Negra em Porto Alegre: uma trajetória de resistência
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Metadados
Título
DVD de entrevistas e fotos da Exposição AGÔ – Presença Negra em Porto Alegre: uma trajetória de resistência
Número de registro
MSL4.5.29
Classificação
Não se aplica
Outros números
Sem informação
Data
2015
Dimensões
12 x 12,1 cm
Localização
LAPEM
Material/Técnica
Produtor/Autor
Procedência
Porto Alegre, RS, Brasil
Descrição Física do objeto (Descrição Intrínseca)
Disco dvd que contem escrito na margem superior ao centro em prata, caixa alta a palavra ELGIN,. A baixo no canto a direita esta escrito em caixa alta na cor prata: "DVD-R" e abaixo deste em prata: "16x 4.7GB 120 MIN". Nas cores branco e prata, em formato arredondado. Escrito na margem superior mais a esquerda em caneta permanente na cor azul em caixa alta a expressão "AGÔ" . Esta guardado em uma capa de papel branco com a numeração na marquem direita "MSL4.5.29".
Na parte de trás da capa esta escrito na margem direita e horizontal em preto e caixa alta com caneta: "EXPOSIÇÃO CURRICULAR AGÔ". Ao centro da margem superior até a parte de baixo da capa, escrito à mão com lápis comum em letra de forma: "Entrevistas (cada nome embaixo um do outro devido ao pouco espaço): Jeanice (com 4 minutos e 28 segundos de entrevista); Irene (com 20 minutos e 26 segundos de entrevista); Pedro (com 13 minutos e 37 minutos); Iara (com 4 minutos e 22 segundos)". Abaixo desta também escrito à mão com lápis comum em letra de forma: "Bônus: Fotos dos bastidores (cada tema abaixo um do outro devido ao pouco espaço): Construindo; Montagem; Inauguração; Exposição; Desmontagem; Catarse;
Comentários/Dados Históricos (Descrição Extrínseca)
Dvd contendo quatro entrevistas, com a Jeanice que há 15 anos formou o Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, onde ela também é diretora, devido a falta de expressão dos jornalistas negros se forma , ela também é Conselheira Presidente do Conselho Regional de Museologia, onde é promovido o Seminário internacional "O Negro na Mídia e Invisibilidade da cor". A entrevistada cita alguns projetos os quais a comunidade negra estabelece na cidade de Porto Alegre referenciando a história e a cultura afro presente no Rio Grande do Sul, bem como: Sopapo Poético; Odomodê, o qual é uma referência para a comunidade negra na cidade, onde Paulinho Romeu e Iara Lemos trabalham a musicalidade com as crianças; Areal da Baronesa, onde existem diversas atividades dentre elas O Museu do Percurso, o qual formou 20 alunos monitores para que fossem aos 4 pontos do Museu do percurso, este projeto é financiado pela Funart; A entrevistada também lembra que na Zona Norte da cidade existem muitos projetos bons, lúdicos. O trabalho de conclusão do curso de Museologia de Jeanice foi sobre os grios, uma contribuição para o mundo acadêmico, onde é retratado as mazelas e a riqueza da comunidade negra na inserção da sociedade. Por fim a entrevistada denota que o que os alunos do curadores da Exposição AGÔ estão resgatando e referenciando pessoas e entidades negras, o que se torna um registro eterno, que agrega para o conhecimento futuro; Irene em sua entrevista relata que começou a fotografar nos anos 70, era funcionária de um banco por 11 anos, onde fazia audiovisual de treinamento de pessoal (não existia foto digital na época, apenas analógico ou slide). Em 2005 realizou um trabalho fotográfico que se transformou em livro: História dos Negros de Porto Alegre, ganhou edital do fundo PRO-ARTE - "O negro preto em branco". Este livro retratava a história fotográfica da população negra de Porto Alegre, pois Irene percebeu a falta de documentos fotográficos desta parte da história da cidade. Irene buscava, como ainda mantê esta busca e entendimento, sobre a visibilidade do negro em Poa. Ela fala que existe uma divisão na cidade: dos negros e dos não negros, o que parece denotar a diferença dos negros perante o restante da população da cidade. Irene fala sobre o livro "Colonos e quilombolas do bairro Colônia Africana", que hoje é o atual Rio Branco, bairro este que teve como fundadores os negros, e após a imigração de judeus, foi visto como pioneiros os judeus em sua fundação, sendo uma falácia. Irene vai nos contando sobre a história do bairro, sua vida noturna, sua organização, a forma extremamente solidária presente na comunidade negra que habitava o bairro, e a ajuda mútua a qual era perpetuada. A entrevistada fala da vida do atual bairro Cidade Baixa, que na época se chamava Areal da Baronesa, comenta sobre a Praça Garibaldi que era um grande ponto de encontro da comunidade negra de Porto Alegre, ela nos conta sobre o objetivo real do Carnaval de rua da cidade, o qual é uma tradição negra , no qual tinha como objetivo o auxilio mútuo. Também nos fala da antiga Praça da Harmonia que agora se chama Brigadeiro Sampaio e do período pós-abolição que os homens mais velhos ia esperar no porto a chegada de outros negros, que eram acolhidos de imediato. Irene levanta a questão do porque não se pode criar uma associação de negros, pois é visto como politicamente incorreto, pois criar uma associação não é para querer se isolar, sim para juntar, para ficar mais forte o grupo. Ela também comenta que o sistema de cotas não junta e sim separa, pois delimita a cor. Comenta sobre a engenhosidade da criação da feijoada, ´que é uma valorização cultural. E achou ótimo a proposta da Exposição, pois chega de ser invisível. Pedro e Iara.
Estado de conservação
Bom
Condições de reprodução
Autorizada, desde que citada a fonte
Observações adicionais
Possui 01 cópia física no LAPEM, nas pastas da exposição.