-
Cópia digital das Obras de Arte do Núcleo 1 “Um Olhar Para o Outro” da Exposição IMENSA MENTE – Caminhos da Saúde Mental: do existir ao resitir
- Voltar
Metadados
Miniatura

Título
Cópia digital das Obras de Arte do Núcleo 1 "Um Olhar Para o Outro" da Exposição IMENSA MENTE - Caminhos da Saúde Mental: do existir ao resitir
Número de registro
MSL4.8.14
Classificação
Não se aplica
Outros números
Sem informação
Data
25/04/2018
Dimensões
3, 60 MB
Localização
Google Drive
Material/Técnica
Produtor/Autor
Procedência
Porto Alegre, RS, Brasil
Descrição Física do objeto (Descrição Intrínseca)
Cópia digital de duas obra de arte utilizadas para apresentar o Núcleo 1 da Exposição IMENSA MENTE- Caminhos da Saúde Mental: do existir ao resistir. Sendo a primeira "Le Désespéré", de Gustave Coubert, possui fundo de cor amadeirado mais escuro no canto em cima da direita e tom amadeirado mais claro no canto em cima a esquerda. Ao centro possui a pintura de um homem caucasiano. Com testa expressiva com olhos bem abertos na cor castanha escura, boca entre aberta, as maçãs do rosto levemente rosadas, nariz adunco. O homem retratado na obra possui cavanhaque com bigode mediamente espesso. Com cabelos médios longos, esta com a mão esquerda puxando os cabelos, devido a forma na qual sua musculatura foi retratada pelo pintor e a mão direita apoiada na cabeça em sinal de desespero. É possível perceber a nervatura de seu pescoço projetada de forma alterada. Usa uma camisa branca que esta entreaberta em seu pescoço, com as mangas dobradas no antebraço, e uma espécie de acessório amarrado de forma folgada na cor azul em seu pescoço.
A segunda obra de arte "Nebuchadnezzar", de William Blake, possui fundo aquarelado de cores que perpassam o azul, verde, laranja e o marrom com a figura de um homem na posição de quatro no chão, com as pernas ajoelhadas e a uma delas levemente estendida para trás, completamente nu, com seus músculos evidenciados totalmente. Com ambas as mãos apoiadas com as palmas para baixo se equilibrando no chão. As unhas de suas mãos e seus pés longas e pontudas. Com cabelos longos e barba longa de cor avermelhada aloirada. Possui a boca entreaberta, com as maçãs do rosto avermelhadas, nariz adunco e expressão em seu olhar de pavor.
Comentários/Dados Históricos (Descrição Extrínseca)
Os alunos curadores da Exposição IMENSA MENTE descrevem as obras presentes no núcleo 1, referem-se a produções artísticas associadas a "loucura" ao longo da história. Elas foram selecionadas por trazerem um elemento em comum: ambas abordam elementos que questionam o normal/normalidade e o estigma social acerca do tema.
A primeira, Le Désespéré do artista Gustave Courbet, é um autorretrato do próprio artista pintado entre os anos de 1843 e 1845. O realismo e singularidade que Coubert atribuía a suas obras causava escândalo e o fazia ser incompreendido pela sociedade no contexto histórico ao qual estava inserido. Visto que as produções de Coubert não condiziam com as que eram produzidas por outros artistas em sua época, não as inseriam no conceito de normal/normalidade, consequentemente, associando-o a loucura.
A segunda, Nebuchadnezzar do artista William Blake, obra produzida entre 1795 e 1805, a pintura representa a figura de Nabucodonosor, antigo rei da Babilônia. Segundo o Livro de Daniel, presente no antigo Testamento da Bíblia, Nabucodonosor foi castigado devido ao seu ego exacerbado e, por esse motivo, teria passado a agir de forma que o assemelhava a um animal.
É importante ressaltar que a ideia inicial dos alunos curadores era de que uma terceira obra fizesse parte deste núcleo, formando um certo conjunto com as duas obras acima descritas. Porém devido a seus direitos autorais não terem sido liberados para expor a obra, ela não fez parte do hall de obras presentes no Núcleo 1 da Exposição. Esta obra era a "Torrente de Loucos", de Cândido Portinari, feita em 1948, ilustração criada especificamente para o livro "O Alienista" de Machado de Assis, que estará disponível para manuseio e consulta em torno do quadro a ser descortinado. A obra trabalha a perspectiva da uniformização dos denominados "doentes mentais" por meio da semelhança em suas feições e características faciais. Os sujeitos presentes nesta obra são representados como uma massa uniforme, passando a impressão ao visitante de não serem visualizados como pessoas e sim como a personificação do estigma (todos com as mesmas feições que são as da loucura).
Estado de conservação
Ótimo
Condições de reprodução
Autorizada, desde que citada a fonte