Comentários/Dados Históricos (Descrição Extrínseca)
O texto da CAPS foi plotado em tamanho menor porque seria preso abaixo em um tipo de bolsão para cartões e folders de entidades ligadas à Saúde Mental. Em contato com a Secretária da Saúde de Porto Alegre, soube-se que não haviam panfletos disponíveis sobre o CAPS. O Centro de Valorização à Vida (CVV) disponibilizou materiais gráficos, mas devido ao seu tamanho foram colocados junto ao livro de presença. Os CAPS surgiram como uma forma de tratar de maneira acolhedora às pessoas que sofressem de transtornos mentais e inclui-las na sociedade. Durante a exposição, houveram algumas críticas de visitantes pela abordagem restrita somente aos CAPS, pois hoje existem muitas outras entidades que realizam trabalhos importantes na Saúde Mental, como a Geração POA, Mental Tchê, entre outros que deveriam ter sido mencionados.
Com o fim das instituições manicomiais e as novas Leis que definem a reforma psiquiátrica abordada anteriormente, surgem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS), idealizados a partir da III Conferencia Nacional da Saúde Mental, em Brasília, que aponta para uma Reforma Psiquiátrica mais profunda nacionalmente, inspiradas nos modelos italianos de tratamento, onde o processo desta reforma ocorreu em paralelo e com bases que produziram o SUS (Sistema Único de Saúde), onde é interrogado através do movimento as relações de exclusão estabelecidas com a loucura. Nestas conferências foi implementado pelo SUS e Movimento Antimanicomial que seja despertada a consciência de que devemos tratar de maneira acolhedora as pessoas que sofrem de transtornos mentais as incluindo na sociedade. Em 19 de fevereiro de 2002 estes espaços foram legitimados com intuito de possuir caráter comunitário, compostos por profissionais das mais diversas áreas, visando assim, a substituição de instituições psiquiátricas. Atendes usuários de drogas, álcool e pessoas com transtornos mentais, buscando priorizar os casos graves. Existem CAPS em diversos bairros e funcionam do mesmo modo que os postos de saúde, pode se procurar atendimento em caso de necessidade a qualquer momento, independentemente ou através de encaminhamento do Programa de Saúde da Família. É proposto um acolhimento que visa compreender todo o contexto em que a pessoa se insere, social, econômico, cultural, a fim de possibilitar uma melhor forma de tratamento. As terapias podem ser relacionadas a oficinas, grupos, esportes, danças, técnicas teatrais, pintura, argila, música, marcenaria, cerâmica, alfabetização, dentre outras. Há modalidades diferentes de CAPS que variam conforme o número populacional da cidade, faixas etárias atendidas e tipos de transtornos (vícios ou doenças).
